Naka vai com todas as forças para a sua primeira Olimpíada

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Dez brasileiros estão classificados para os Jogos Olímpicos em Paris. O boxe feminino do Brasil tem cinco atletas. Uma dessas pugilistas é Caroline Barbosa de Almeida, a Carol Naka, da categoria até 50kg, ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago em 2023.

Naka nasceu no Recife, no dia 02 de fevereiro de 1992. O seu primeiro contato com o esporte foi através do MMA, mas como os Jogos Olímpicos sempre foi um sonho para a atleta, ela fez a migração da modalidade para o boxe, “Estava há dois anos no MMA e um amigo que era do boxe me falou sobre um campeonato, como no MMA lutamos em várias modalidades, acabei indo pra esse campeonato do boxe e gostei muito! No boxe também tinha exatamente o meu peso, minha categoria, então me saí muito bem, ganhei todos os campeonatos no meu estado.”  

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Créditos: Wander Roberto

Em 2017 começou a treinar no Sparta Boxe. Nesse meio tempo, Carol foi campeã em dois Brasileiros, e conseguiu notoriedade ao participar de um Grand Prix antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao ganhar da boxeadora Graziele de Jesus que estava classificada para a Olimpíada no Japão. No ano de 2021 passou a fazer parte da equipe olímpica permanente, e já no seu primeiro Mundial conquistou a medalha de bronze. Durante todo o ciclo olímpico participou ao total de 44 lutas, conseguindo 35 vitórias.

Aos 32 anos, Carol chega a sua primeira Olimpíada: “Sempre achei os Jogos muito bonitos, quando comecei a treinar boxe foi quando eu comecei a desejar estar na Olimpíada, principalmente essa em Paris”. A pugilista é conhecida por ser bastante metódica, ou seja, segue uma ordem acirrada das coisas. Em sua lista estava conquistar o ouro no Pan-Americano de Santiago, a vaga olímpica e então começaria a pensar na medalha em Paris. 

“A luta da classificação veio com a atleta que era medalhista mundial e olímpica. A mais forte da minha categoria! Então, ganhar dela e conseguir a classificação foi um turbilhão de emoções”, comentou Carol sobre a vitória contra a colombiana Ingrit Valência, medalhista de bronze na Rio-2016. 

Ao se tornar parte da equipe olímpica permanente, Naka percebeu as mudanças que aconteceram na sua vida: “minha visão mudou como atleta, pessoa e até mesmo com a família. A gente passa a valorizar mais as pessoas pelo tempo que passamos longe!”. Além disso, a pugilista destacou que o mental também passa por modificações, você precisa aprender a perder uma luta e a acaba adquirindo mais maturidade.

Por fim, a atleta contou as diferenças de ser profissional no MMA e fazer parte da Seleção Brasileira de Boxe. “Antes a minha carreira dependia muito de mim. Quando eu vim pra cá, a cobrança foi muito maior, aqui me tornei uma atleta de alto rendimento. Aqui a cobrança e viagens são constantes, isso é um diferencial muito grande, aqui temos toda a assistência.” Desde que chegou na Seleção, Caroline foi bronze no Campeonato Mundial de 2022, vice-campeã nos Jogos Sul-Americanos de Assunção-2022 e campeã dos Jogos Pan-Americanos Santiago-2023.

Ficha técnica

Nome completo: Caroline Barbosa de Almeida 

Nome (de guerra/apelido): Carol Almeida/Naka

Categoria: 50kg 

Idade: 32 anos (02/02/1992)

Naturalidade: Recife/PE

Altura: 1,65m

Integra Equipe Olímpica Permanente desde: 2021

Cartel de lutas: Cartel antes da EOP: 14/10 / 44 lutas/35 vitórias

Academia formadora: Sparta Boxe desde 2017 até chegar na EOP 2021/2022

Instagram: @carolnakaboxe 

Principais conquistas: Campeã dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, Bronze Campeonato Mundial 2022 (52kg), Prata nos Jogos Sul-Americanos de Assunção 2022