O ano de 2023 foi de muitas conquistas para o boxe brasileiro. Foram quatro medalhas em Campeonatos Mundiais, 12 pódios nos Jogos Pan-Americanos – naquela que foi a melhor campanha do país na história -, além nove classificações olímpicas para Paris-2024. O treinador Mateus Alves, head coach da Equipe Olímpica Permanente, avaliou de forma positiva a temporada da seleção, já projetando os Jogos Olímpicos da capital francesa.
“O saldo de 2023 foi extremamente satisfatório. Além das medalhas mundiais e pan-americanas, tivemos vários ouros no Circuito Europeu. Conseguimos nove classificações olímpicas através dos Jogos Pan-Americanos, o que superou a nossa meta. Tínhamos como ideia repetir o número de sete atletas que tivemos em Tóquio. Hoje, nós temos um grupo muito consistente. Isso nos enche de expectativas para os Jogos Olímpicos de Paris”, falou Mateus.
O Brasil conquistou quatro medalhas em Mundiais, sendo duas femininas e duas masculinas. Entre as mulheres, Beatriz Ferreira faturou o ouro, sagrando-se bicampeã mundial na categoria até 60kg, em competição realizada na Índia, em março. Já Barbara Santos levou um bronze na categoria até 70kg em seu primeiro Mundial. Entre os rapazes, que competiram em Tashkent, no Uzbequistão, em maio, Wanderley Pereira ficou com a medalha de prata na categoria até 75kg, enquanto Wanderson Oliveira foi bronze no peso até 71kg.
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Em outubro, os boxeadores brasileiros disputaram os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, que também serviu como classificatório para a Olimpíada de Paris-2024. O Brasil obteve 12 medalhas, sendo quatro ouros, cinco pratas e três bronzes. Os nove finalistas garantiram vaga olímpica: Caroline Almeida (50kg) Tatiana Chagas (54kg), Jucielen Romeu (57kg), Beatriz Ferreira (60kg) e Barbara Santos (66kg); Michael Trindade (51kg), Wanderley Pereira (80kg), Keno Machado (92kg) e Abner Teixeira (+92kg). Luiz Oliveira (57kg), Yuri Reis (63,kg) e Viviane Pereira (75kg) ficaram com os bronzes.
Esta foi a melhor campanha do boxe brasileiro em Jogos Pan-Americanos, superando a edição de São Paulo-1963, quando levou nove medalhas, sendo três ouros, cinco pratas e um bronze. Além disso, com os 12 pódios, o boxe foi a sexta modalidade que mais rendeu medalhas ao Brasil em Santiago-2023, atrás de natação, atletismo, judô, ginástica artística e ginástica rítmica. Assim, a expectativa é de que o boxe seja um dos carros-chefes do país na Olimpíada de Paris-2024. Vale lembrar que o boxe foi a modalidade que mais rendeu medalhas ao Time Brasil em Tóquio-2020, com três ao todo.
Protagonismo feminino
Todos os quatro ouros brasileiros no Pan vieram com mulheres, com Caroline, Jucielen, Bia Ferreira e Barbara Santos. Bia sagrou-se bicampeã pan-americana, enquanto Juci levou o ouro depois de ter sido prata em Lima-2019. Já Carol e Barbara foram ao pódio da competição pela primeira vez. Tatiana ainda ficou com a medalha de prata, enquanto Viviane Pereira levou o bronze na categoria até 75kg. Portanto, todas as seis brasileiras que lutaram nos Jogos Pan-Americanos medalharam.
“O nosso destaque é o boxe feminino, que mostrou ser o mais forte das Américas. E o que me deixa muito feliz hoje é mostrar que o boxe feminino não é só a Bia Ferreira. Ela realmente é um fator preponderante para nós, é um fenômeno de números, mas hoje temos mostrado que o nosso boxe feminino é um grupo”, completou Mateus Alves.
Foco em 2024
Encerrado o ano de 2023, a equipe olímpica já inicia os preparativos para 2024. Antes dos Jogos Olímpicos, há alguns compromissos. Entre eles, está o Pré-Olímpico de Busto Arsizio, na Itália, que acontecerá entre 29 de fevereiro e 12 de março. O Brasil tentará classificar atletas nas quatro categorias que não conseguiu nos Jogos Pan-Americanos: 57kg masculina, 63,5kg masculina, 71kg masculina e 75kg feminina.
