Beatriz Ferreira acaba de ser anunciada pelo Comitê Olímpico do Brasil como uma das três mulheres que concorrem ao troféu de Melhor Atleta do Ano do Prêmio Brasil Olímpico 2019.
A nossa Bia concorre com Ana Marcela Cunha (maratona aquática) e Nathalie Moellhausen (esgrima). A vencedora será anunciada durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico no próximo dia 10 de dezembro, na Cidade das Artes, Rio de Janeiro. A vencedora do troféu em 2018 foi a atleta Ana Marcela Cunha.
Arthur Nory (ginástica), Gabriel Medina (surfe) e Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), disputam o prêmio de Melhor Atleta no masculino.
“Na cerimônia em que o Prêmio Brasil Olímpico completará 21 anos, o COB vai celebrar a melhor campanha da história do país em Jogos Pan-americanos. Todos os 260 atletas que conquistaram nossas 169 medalhas na competição receberão uma homenagem especial”, disse Paulo Wanderley Teixeira, presidente do COB. “Tenho certeza de que será uma grande festa em homenagem aos atletas, técnicos e aos diversos agentes que fazem com que as vitórias nas principais competições internacionais sejam uma constante nesses últimos anos. Vamos celebrar as conquistas desses atletas hoje, porque amanhã é um novo dia para vencer”, completou Paulo.
Na 21ª edição, o Prêmio Brasil Olímpico ainda vai premiar outras categorias: Melhor Técnico Individual e Coletivo; Troféu Adhemar Ferreira da Silva; e Melhores Atletas nos Jogos Escolares da Juventude.
A escolha dos melhores atletas em cada modalidade, assim como os atletas que concorrem ao Troféu de Melhor Atleta do Ano, foi realizada por um colégio eleitoral formado por jornalistas, dirigentes, Comissão de Atletas do COB, ex-atletas e personalidades do esporte.
Confira as conquistas das mulheres que concorrem ao troféu de Melhor Atleta do Ano:
Beatriz Ferreira – A pugilista teve um 2019 impecável, chegando à impressionante marca de 24 pódios em 25 competições disputadas. O auge foi o ouro no Campeonato Mundial da AIBA, em Ulan-Ude, Rússia, na categoria até 60kg. Na decisão, a baiana derrotou a chinesa Cong Wang por 5 a 0 para chegar ao topo do pódio, apenas o segundo ouro do Brasil em Mundiais femininos e a quarta medalha do país em competições desse nível. Bia também fez história ao conquistar o primeiro ouro no boxe feminino em Jogos Pan-americanos ao derrotar a argentina Dayana Sanchez na decisão em Lima. Ainda em 2019, Bia esteve no pódio em outras quatro competições, além do Mundial e dos Jogos Pan-americanos: foi ouro no Grand Prix Ustí Nad Laben, na República Tcheca, e no Felix Stamm Tournament, na Polônia; e prata no classificatório para os Jogos Pan-Americanos, na Nicarágua, e nos Jogos Mundiais Militares Wuhan.
Ana Marcela Cunha – Em 2019, Ana Marcela Cunha conquistou 10 títulos internacionais. No Circuito Mundial de Maratonas Aquáticas, acabou com o vice-campeonato mesmo vencendo cinco etapas – Doha (Catar), Setúbal (Portugal), Balatonfüred (Hungria), Ohrid (Macedônia), Nanton (Taiwan) – e sendo vice em duas – Ilhas Seicheles e Chun’na (China). Vencedora do Prêmio Brasil Olímpico de Melhor Atleta do Ano em 2016 e 2018, Ana Marcela ainda conquistou os 5km da 1ª edição dos Jogos Mundiais de Praia e do Mundial de Desportos Aquáticos em Gwangju; os 10km dos Jogos Pan-americanos de Lima e dos Jogos Mundiais Militares de Wuhan e os 25km também no Mundial de Gwangju. A baiana, que tem 25 vitórias no Circuito Mundial da FINA 10k, apareceu na edição do Livro dos Recordes (Guinness Book) 2020 como a maior vencedora da competição e conseguiu a classificação para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 com o 5º lugar na prova dos 10km do Mundial de Gwangju. Ana Marcela receberá pela sexta vez o título de melhor nadadora do mundo no ano pela FINA.
Nathalie Moellhausen – Aos 33 anos, Nathalie Moellhausen entrou para a história da esgrima e do esporte brasileiro ao conquistar o ouro na espada no Campeonato Mundial de Budapeste, na Hungria, numa campanha irretocável com 12 vitórias em 12 combates. Foi a primeira medalha do Brasil em um Mundial da modalidade, mas a quarta da esgrimista. Defendendo a Itália, onde nasceu, já tinha sido bronze individual em 2010, além de ouro em 2009 e bronze em 2011 por equipes. Com o título, Nathalie chegou ao quarto lugar no ranking mundial e praticamente garantiu sua vaga nos Jogos Olímpicos de 2020, ainda que a corrida olímpica termine em abril do próximo ano. Antes, o recorde dela era um oitavo lugar em 2008/2009. Nos Jogos Pan-americanos de Lima, conquistou o bronze na espada individual, repetindo o feito de Toronto 2015.
*Com informações do Comitê Olímpico do Brasil