Beatriz Ferreira, da categoria até 60kg, medalhista olímpica em Tóquio, vai novamente para os Jogos, mas agora ela quer ser campeã! Nasceu em Salvador na Bahia, em 09 de dezembro de 1992. Atualmente, a atleta mora em Juiz de Fora, Minas Gerais. 

O contato com o esporte já vem desde muito cedo na vida da Bia “O boxe me escolheu, justamente por isso, dizem que nós escolhemos a nossa família, né? E o boxe já estava lá! Eu tenho um carinho a mais, é muito especial”, comentou a atleta. 

Raimundo Sergipe, mais conhecido por Sergipe, é o pai da Beatriz, ex-pugilista e quem a ajudou desde o início. “Quando a minha mãe foi pra ganhar minha irmã do meio, ela deixou meu pai cuidando de mim, e ela já até tinha deixado a roupa separada que eu ia colocar, mas como era dia de luta dele, me deu uma camiseta do Brasil pra combinar com o shorts que ele ia usar e eu super topei!”, afirmou a boxeadora. 

Em 2016, Bia foi convidada para fazer uma seletiva em Jundiaí, mas ainda não tinha nada a ver com a Seleção, mas os treinos eram feitos com a Equipe Olímpica, “Eu tinha um sonho em conhecer, mas ainda não sabia se queria ser uma atleta de alto rendimento. A seletiva que eu vim fazer acabou não acontecendo, e eu fui ficando por aqui durante sete meses e estou até hoje”, brincou Beatriz. 

Durante esse tempo que ficou no Centro de Treinamento em São Paulo, Bia Ferreira participou da preparação dos atletas que iriam disputar a Rio 2016, e assim conseguiu entender o que era tudo aquilo. Mas só em 2017 foi convocada para a Seleção, e se tornou titular da categoria. Como a pugilista já tinha 22 anos, o que é considerado tarde para um atleta iniciar no alto rendimento, foi tentando agarrar todas as oportunidades que via: “É meio viciante também quando você sobe no pódio, quando vai pra uma competição, você passa a ter uma responsabilidade a mais. Eu gosto de saber disso, porque eu sempre vou querer trazer uma boa lembrança daquele momento”, disse a atleta. 

As suas principais conquistas foram: ouro nos Jogos Sul-Americanos Cochabamba-2018, prata na Olimpíada de Tóquio-2020, Bicampeã Mundial (2019 e 2023), campeã mundial profissional 2024 pela IBF e o bicampeonatodos Jogos Pan-Americanos (2019 e 2023). Bia tem cerca de 50 medalhas, e durante o ciclo olímpico lutou 40 vezes e conseguiu 39 vitórias, o que é surpreendente mesmo para uma medalhista olímpica. 

“Ano passado eu tive um ano invicto, e fiquei muito feliz com isso, mas sei que selecionamos bastante as lutas por estar no boxe olímpico e no profissional ao mesmo tempo. Para 2024 eu quero continuar invicta, eu sei que tô preparada e treinando bastante”, afirmou a atleta. 

Beatriz também confessou que logo em seguida dos Jogos quer vai passar a focar no boxe profissional. Em abril, ela ganhou o seu primeiro cinturão, no peso leve (61,2kg) da Federação Internacional de Boxe (IBF), com um nocaute na argentina Yanina Lescano. Agora, ela pode se tornar a primeira atleta a ganhar um cinturão profissional e um ouro olímpico no mesmo ano.

Ficha técnica

Nome completo: Beatriz Iasmin Soares Ferreira

Nome (de guerra/apelido): Bia Ferreira

Categoria: 60kg

Idade: 31 anos (09/12/1992)

Naturalidade: Salvador/BA

Altura: 1,62m

Integra Equipe Olímpica Permanente desde: 2016 

Cartel de lutas: 40 lutas/39 vitórias 

Academia formadora: começou no boxe em 2012 na Equipe Sergipe de Boxe, com o treinador Raimundo Oliveira Ferreira, o Sergipe, seu pai. Depois disso, ela já foi convocada para integrar a EOP a partir de 2016.

Instagram: @beatrizferreira60kg

Principais conquistas: Prata na Olimpíada de Tóquio-2020, Bicampeã Mundial (2019 e 2023), campeã mundial profissional 2024, bicampeã dos Jogos Pan-Americanos (2019 e 2023), ouro nos Jogos Sul-Americanos Cochabamba-2018